segunda-feira, 2 de maio de 2011

“Mataram Bin Laden”

Dia 1 de Maio: domingo santo, marcado por ter sido o dia da mãe, o dia da beatificação de João Paulo II, o dia da primeira comunhão da minha filha e o dia do trabalhador, se se entender (como entendo) que o trabalho é uma bênção, um renascer todos os dias. Por isso, este dia UM pode associar-se à criação, à retidão e verticalidade dos homens, ao “ponto de partida” para a sua completude.

Dia 2 de maio: a imprensa portuguesa anuncia que “mataram Bin Laden” e que o presidente dos EUA disse ao mundo que o chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi morto no Paquistão por serviços especiais norte-americanos. Segundo a Renancença, “Líder da Al-Qaeda não estava escondido numa gruta nas montanhas do Paquistão, mas antes num complexo de luxo, onde estava acompanhado pela sua mulher mais nova” e, de acordo com a Lusa, "A notícia da morte de Osama bin Laden é um grande alívio para todos os povos do mundo. Osama bin Laden foi responsável pelas piores atrocidades terroristas do mundo como os ataques de 11 de Setembro (2001) e tantos outros atentados que tiraram a vida a milhares de pessoas, entre os quais muitos britânicos", declarou David Cameron, citado num comunicado dos seus serviços. A SIC informa ainda que “EUA festejam a morte de Bin Laden”.

Verifica-se, pois, que as notícias da imprensa de hoje, de que dei curtos exemplos, se resumem a estas informações, com mais ou menos pormenores.

“Mataram Bin Laden” significa que puseram termo à sua vida.

Nada é dito sobre a doença.

“Bin Laden” é um tipo de cancro. Tem raízes, que só se arrancam indo mais longe… aos valores da humanidade.

Sem se atacar a doença pela raiz, não há razões para grandes anúncios, nem para grandes festejos. Porque o “ponto de partida”, associado ao UM, pode passar a ser o início de uma espécie de jogo de ping pong, cuja pequena bola (ou bala) terá a função de ir eliminando arbitrariamente os únicos seres vivos capazes de a travarem –os homens.

Sem se atacar a doença pela raiz, a verticalidade deixará de ser um sinal distintivo dos seres humanos, que passarão a rastejar.

1 comentário:

  1. Apenas a confiança, a partilha, o dar a mão ao outro... poderão pôr fim a este e a tantos outros cancros que minam a nossa sociedade!

    Mas não podemos desanimar! Lembremo-nos das palavras de João Paulo II "Não tenhais medo" e confiemos!

    ResponderEliminar